Bacalhau à Gomes de Sá - e das amigas reunidas na casa da Jânia's buffett

Sexta-feira da paixão é uma data tradicional para se comer bacalhau.


Aproveitando o gancho, eu acho que seria legal que as pessoas refletissem no verdadeiro sentido dessa data, lembrando que Jesus veio para nos dar a maior alegria: morrer em sacrifício para nos salvar. Sua morte não foi vã, porque Ele ressuscitou!!
Isso é motivo de grande felicidade!!


Na minha família adoramos essa data e geralmente nos reunimos para almoçarmos juntos e nos confraternizar, e pq não, comendo bacalhau???


Essa receita é antiga, mas sempre boa de fazer... Aproveitando que foi nosso menu da confraria das minhas amigas, na casa da JÂNIA, trago a receita para essa data.


Confraria das meninas






Ingredientes


+- 1 kg de bacalhau dessalgado (24 horas na geladeira, de molho em água gelada, que deve ser trocada umas 4 vezes)


Em rodelas:
2 tomates maduros
1 pimentão vermelho
1 pimentão amarelo
2 cebolas
cheiro verde picado
lascas de alho
1 pimenta dedo de moça picada sem as sementes (opcional)
azeitonas pretas
5 batatas em rodelas finas
azeite de oliva quanto baste
1 vidro de leite de coco
1 colher de sobremesa de colorau em pó (conhecido tb como semente de urucum moído ou corante)


1. Comece cortando o bacalhau em pedaços pequenos. Há quem prefira desfiado, eu gosto mais em pequenas postas. Reserve.


2. Numa refratária de vidro grande, inicie coloque as rodelas de cebola, tomate, pimentões, cheiro verde, lascas de alho, pimenta picada, um pouco de azeitona e salpique um pouco do colorau. Acrescente as rodelas de batatas.


3. Adicione o bacalhau e coloque mais temperos (cebola, tomate, cheiro verde, pimenta picada) e regue com bastante azeite de oliva.






4. Coloque o leite de coco, cubra com papel alumínio e leve para assar em forno médio até que o caldo ferva e retire quando as batatas estiverem macias.


Sirva com arroz branco soltinho, que só a Joaquina saber fazer (hehehe), um bom vinho e família reunida.


Ao final trago um texto muito bonito de Calvino sobre a páscoa, se tiver um tempinho, leia.


FELIZ PÁSCOA A TODOS E QUE JESUS SEJA SEMPRE LEMBRADO EM SEUS LARES!!!!




As Riquezas Infinitas de Cristo
 
Autor:  João Calvino (1509-1564)
 
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Sem o evangelho

tudo é inútil e vão;

sem o evangelho

não somos cristãos;

sem o evangelho

toda riqueza é pobreza;
toda sabedoria, loucura diante de Deus;
toda força, fraqueza;
e toda a justiça humana jaz sob a condenação de Deus.

Mas pelo conhecimento do evangelho somos feitos

filhos de Deus,
irmãos de Jesus Cristo,
compatriotas dos santos,
cidadãos do Reino do Céu,
herdeiros de Deus com Jesus Cristo, por meio de quem

os pobres são enriquecidos;
os fracos, fortalecidos;
os néscios, feitos sábios;
os pecadores, justificados;
os solitários, confortados;
os duvidosos, assegurados;
e os escravos, libertados.

O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê. Assim, tudo o que poderíamos pensar ou desejar deve ser achado somente neste mesmo Jesus Cristo.

Pois ele foi

vendido para nos comprar de volta;
preso para nos libertar;
condenado para nos absolver.

Ele foi

feito maldição para nossa bênção;
ofertado pelo pecado para nossa justificação;
desfigurado para nos tornar belos;

ele morreu pela nossa vida para que, por seu intermédio,

o furor converta-se em mansidão;
a ira seja apaziguada;
as trevas tornem-se luz;
o temor, reafirmação;
o desprezo seja desprezado;
o débito, cancelado;
o labor, aliviado;
a tristeza convertida em júbilo;
a desdita, em felicidade;
as emboscadas sejam reveladas;
os ataques, atacados;
a violência, rechaçada;
o combate, combatido;
a guerra, guerreada;
a vingança, vingada;
o tormento, atormentado;
o abismo, tragado pelo abismo;
o inferno, trespassado;
a morte, assassinada;
a mortalidade convertida em imortalidade.

Resumindo,

a misericórdia tragou toda a miséria;
e a bondade, toda a infelicidade.

Porque todas essas coisas, que deveriam ser as armas do mal na batalha contra nós, e o aguilhão da morte a nos trespassar, transformam-se em provações que podemos converter em nosso benefício.

Se podemos exultar com o apóstolo, dizendo, Ó inferno, onde está a tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão? É porque, pelo Espírito de Cristo prometido aos eleitos, já não somos nós quem vive, mas é Cristo quem vive em nós; e, pelo mesmo Espírito, estamos assentados entre aqueles que estão no céu, de modo que, para nós, o mundo já não conta, mesmo que ainda coexistamos nele; mas em tudo estamos contentados, independentemente de país, lugar, condição, vestimentas, alimento e todas essas coisas.

E, portanto,

somos consolados na tribulação,
nos alegramos no infortúnio,
glorificamos quando vituperados,
temos abundância na pobreza,
somos aquecidos na nudez,
pacientes entre os maus,
vivos na morte.

Eis, em síntese, o que deveríamos buscar em toda a Escritura: conhecer verdadeiramente Jesus Cristo e as riquezas infinitas compreendidas nele, as quais nos são ofertadas nele por Deus, o Pai.

    Fonte: “Preface to Olivétan’s New Testament” em Westminster Library of Christian Classic (Vol. XXIII), Calvin: Commentaries – Westminster John Knox Press, julho/79, pp. diversas.

    Fragmentos do prefácio de Calvino à versão francesa do Novo Testamento (1534) traduzido por Pierre Robert Olivétan.

    Seleção e arranjo: Tiago Canuto Baia

    Tradução: Marcos Vasconcelos
    Recife, 28 de julho de 2009



















1 comentários:

Anônimo disse...

Oi Angélica,
Entrei aqui no blog para pegar a receita da salada que você fez na casa da Jânia, que por sinal estava maravilhosa, assim como o bacalhau. Parabéns!
Adorei as fotos!! beijos!
Mariza

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